domingo, 17 de outubro de 2010

Como posso

Como posso dar-te nada?
Devo achar algo em mim
De valor pequeno ou grande
Que eu te possa ofertar

Pergunto o que queres
Se tudo tu me deste
Do que agora tenho
E poderia oferecer-te

Porque queres de volta
Os dons de teu amor
Prodigalizados por ti
A este pobre pecador?

Minha vida e meu espírito
E também meu corpo é teu
Mas de mim mesmo tenho a dor
Meus bens são minhas penas

Sofrimento é o que tenho
É meu único valor
Pelo qual reúno méritos
Ainda que pequenos

A amar-te aprendo assim
E me esqueço mais de mim
No sofrimento te amo mais
Que se gozasse sempre aqui

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